Banco realizou viodeoconferência na quinta-feira em todo o Brasil, na qual proibiu os trabalhadores de protestar contra a PLR rebaixada
Roupa livre na sexta? Que nada… Os bancários do HSBC foram mais uma vez vítimas de assédio moral. Para reprimir o Dia do Preto agendado pelo movimento sindical para esta sexta-feira, o HSBC realizou videoconferência na quinta (29) para proibir os trabalhadores de usar roupas de cor preta durante o atendimento bancário.
Além de atacar o livre direito de manifestação dos bancários, o banco ainda sugeriu aos trabalhadores que usassem camisetas de times de futebol para trabalhar nesta sexta. "Esta é uma provocação e enfrentamento ao movimento sindical. A direção do banco inglês também expressa o seu total desrespeito aos seus funcionários. O banco praticou assédio moral contra os trabalhadores, que têm o direito de protestar diante da manobra feita pelo HSBC para reduzir a PLR", salienta o diretor da Feeb/RS, Jorge Vieira.
Entenda a manobra da PLR
O HSBC divulgou recentemente balanço apontando lucro de R$ 2,1 bilhões no primeiro semestre. Entretanto, em uma manobra contábil, reduziu desse volume R$ 1,9 bilhão, montante que estaria provisionado para despesas que possam vir a ocorrer. Assim, o lucro líquido caiu para R$ 249,761 milhões.
Enquanto isso, acionistas e executivos do HSBC estão recebendo seus dividendos de acordo com os R$ 2,1 bilhões, enquanto que a PLR dos bancários tem como base o menor lucro divulgado pelo banco.
Paralisações
A manobra gerou uma reação imediata do movimento sindical em todo o Brasil. Na quarta-feira os bancários fizeram um dia de paralisação no HSBC em diversas agências. Em Porto Alegre, a agência localizada na rua General Câmara, no Centro, não abriu as portas. Panfletos foram distribuídos para bancários e para a população. Na cidade de Pelotas a agência Centro também teve o atendimento paralisado até às 12h.
*Imprensa Feeb/RS