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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA CONCEDE ANISTIA POLÍTICA AO EX-PRESIDENTE DO SINDICATO JOÃO ALCINDO DILL PIRES

 
Ministério da Justiça concedeu anistia política ao ex-sindicalista no último dia 06 de novembro

O Sindicato dos Bancários de Carazinho fará uma homenagem ao ex-presidente da entidade, José Alcindo Dill Pires, no Grande Expediente da Câmara de vereadores daquele município, no dia 15 de dezembro, às 18h30. O objetivo do Sindicato é reconhecer publicamente a dedicação do bancário aposentado e ex-sindicalista, que recebeu anistia política da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, no dia 6 de novembro deste ano.

A anistia é o reconhecimento público de que o cidadão João Alcindo Dill Pires sempre pautou a sua vida profissional, sindical e particular dentro do estado de direito, exercendo a liberdade de expressão e manifestação. Foram necessários 40 anos para que este reconhecimento fosse declarado oficial pelo estado brasileiro.

Sobre a Anistia Política

A anistia política a João Alcindo Dill Pires foi requerida em 2003 e em 6 de novembro de 2008 foi concedida pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, de acordo com a lei nº 10.559 de 13 de novembro de 2002. Confira:

Capítulo II – Da Declaração de Anistiado Político
I- atingidos por atos institucionais ou complementares ou de exceção na plena abrangência do termo;
II- punidos com transferência para localidade diversa daquela onde exerciam suas atividades profissionais, impondo-se mudanças de local de residência;

A história de JOÃO ALCINDO DILL PIRES

Nascido em Carazinho em 24 de outubro de 1934, data do 4º aniversário da vitória da Revolução de 1930, filho de Sírio Simões Pires e Agostinha Dill Pires, João Alcindo teve uma infância e adolescência difíceis. Estudou no Colégio La Salle e em 1946 ingressou no Seminário Seráfico dos Frades Capuchinhos, em Veranóplis, hoje Instituto Técnico de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária – ITERRA. Já em 1950 ingressou como operário na fábrica de malas de Carazinho e em 1953 prestou serviço militar em Santana do Livramento.

José Alcindo ingressou no sistema financeiro em 1956, quando foi contratado pelo Banco Agrícola Mercantil. Em 1957 foi contratado pelo Banco do Brasil e já em 1959 assumiu a presidência do Sindicato dos Bancários de Carazinho, devido à licença por tempo indeterminado do então presidente José Afonso Diehl.

O sindicalista marcou presença na 1ª Convenção Nacional dos Bancários e na 1ª Convenção Latino-americana dos Bancários, realizadas no Rio de Janeiro em 1960. Também foi requisitado pelo Banco do Brasil durante a Campanha da Legalidade (1961) e pelo Prefeito Ernesto José Annoni, para desempenhar as funções de furriel, militar voluntário. José Alcindo participou da greve de 1963, quando houve paralisação total no Banco do Brasil em âmbito nacional e foi convocado pelo presidente da Federação dos Bancários, Vicente Rao, para auxiliar na mobilização em Porto Alegre.

Removido para Joaçaba (SC) em maio de 1964 por ser líder sindical e por conta do primeiro Ato Institucional do Golpe Militar de 1º de abril de 1964, José Alcindo permaneceu nesta cidade por 25 meses com liberdade vigiada. Ele foi transferido para Santo Ângelo em 1966 e retornou à Carazinho em 1971. Em 1975 assumiu a assessoria jurídica do Banco do Brasil, cargo em que permaneceu após sua aposentadoria.

Confira mais detalhes sobre a vida do ex-sindicalista

– Presidente da Liga da Juventude Trabalhista
– Presidente da União Carazinhense de Estudantes (UCE)
– Ex-advogado do Sindicato dos Bancários de Carazinho
– Fundador o Grupo de Alcoólicos Anônimos de Carazinho em 1976
– Professor da Sociedade Porvir Científico – La Salle (Carazinho)
– Candidato a vereador por duas vezes, uma pelo MDB e outra pelo PDT
– Defensor dativo
– Advogado criminalista, atuante no Tribunal do Júri em cerca de 500 casos
– Advogado jubilado da OAB desde 23 de novembro de 2006

 

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