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RECLAMAÇÕES CONTRA OS BANCOS DISPARAM NOS ÚLTIMOS ANOS

Número cresce quase 300% e é resultado direto da falta de funcionários. Mas os bancos preferem tapar o sol com a peneira

Nos últimos quatro anos, a quantidade de reclamações contra os grandes bancos junto ao Banco Central (BC) disparou em 292%, passando de 8.695 em 2005 para 34.120 no ano passado, de acordo com matéria do jornal Valor Econômico.

O número é quatro vezes maior que a quantidade de clientes que passou a integrar o sistema financeiro nacional neste período, que cresceu em 22%.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, o aumento do número de reclamações contra os bancos é resultado direto da falta de funcionário nas agências e departamentos. "Os bancos estão trabalhando com um número de bancários bastante enxuto. A sobrecarga de tarefas e a pressão por metas tiram a saúde dos trabalhadores, mas também refletem na qualidade do serviço prestado aos clientes. O Sindicato tem batido incansavelmente na tecla de que os bancos precisam contratar mais bancários com urgência. Este novo dado sobre a reclamação dos clientes só vem corroborar nossa reivindicação", comenta Marcolino.

No maior Procon do país, o do estado de São Paulo, a imagem dos bancos também vem se deteriorando. O setor de assuntos financeiros da fundação, que estava em terceiro lugar em 2007, passou para o segundo lugar no ano passado, com 28% das queixas, só perdendo para produtos (31%) e à frente de serviços essenciais (27%), que inclui o problemático setor de telefonia. Em assuntos financeiros, as reclamações de 2008 foram puxadas por cartões de crédito.

O Sol e a peneira

Os bancos, entretanto, parece que encontraram um jeito muito fácil e simplista para resolver esta situação. Em vez de contratar mais bancários ou respeitar os clientes sem as costumeiras cobranças indevidas, a Febraban lançou uma campanha publicitária de R$ 2 milhões conclamando a população a resolver seus problemas diretamente com o banco. Assim, as reclamações em órgãos como o Procon ou o Banco Central diminuiriam.

(Fonte: Seeb SP, Valor Econômico)

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